Às vezes, em algum momento da vida, a gente começa a se perguntar:
“ A vida que eu vivo é realmente minha?”
Pode parecer exagero, mas tente lembrar.
Você sempre quis essa profissão?
Ou te convenceram de que era “o melhor caminho?”
Você escolheu essa cidade ou apenas permaneceu onde sempre esteve?
Você acredita mesmo em tudo o que diz acreditar? Ou está apenas ecoando vozes que repetiu por tanto tempo que até já esqueceu de onde vieram?
Tem gente que passa décadas sem se fazer perguntas como estas. A maioria das pessoas, creio eu. E tudo bem. Mas para algumas, chega uma hora…uma hora em que o coração começa a pesar. Os dias perdem o gosto e a alma grita baixinho: “Tem algo errado.”
Talvez a gente nem perceba logo. Talvez continuemos sorrindo nas fotos, cumprindo nossos papéis e afirmando estar tudo bem.
Mas no fundo, bem no fundo, a gente sabe: Tem partes nossas vivendo em silêncio.
Tem escolhas que nunca fizemos. Tem caminhos que foram trilhados pelos pés de outras pessoas, e nós apenas seguimos.
A gente aprende desde cedo a se adaptar.
A querer agradar. A não decepcionar. A caber em moldes que não escolhemos.
A nos vestir de personagens, para não desagradar quem amamos.
Mas e nós? Onde é que nós ficamos no meio de tudo isso?
Ser intencional não é rebeldia, é resgate!
É voltar para dentro e reencontrar a criança que éramos antes de começarem a nos dizer quem deveríamos ser.
É sentar consigo mesmo e dizer: “‘Eu tô aqui. E dessa vez, sou eu quem vou escolher.”
Ser intencional é abrir os olhos para o que andamos repetindo, sem perceber.
É olhar para nossos hábitos, crenças, rotinas e perguntar:
“Isso é meu?” “Isso ainda faz sentido pra mim?”
Nós não precisamos continuar torcendo por um time, só porque nos ensinaram assim.
Não precisamos continuar seguindo uma religião apenas porque nos colocaram ali.
Não precisamos manter amizades, rotinas, ideias ou até mesmo um casamento, só porque “é o certo.” Certo de quem? Certo pra quem?
Não estou dizendo que tudo que aprendemos é ruim ou deve ser descartado. Muito pelo contrário. Algumas heranças são valiosas, preciosas. Mas acredito que elas precisam ser reavaliadas.
O que precisamos é de algo muito mais difícil: Coragem!
Coragem para viver com verdade. Com a nossa verdade.
Coragem para desaprender o que não serve mais.
Coragem pra parar de sobreviver – e finalmente, viver.
Viver intencionalmente é isso: É despertar e assumir o controle da nossa história. É claro, de cada parte dela que é possível estar sob nosso controle.
É parar de deixar a vida nos levar e começar a conduzir.
Nós não viemos ao mundo apenas para repetir.
Viemos para expressar. Pra viver com presença. Com propósito. Com alma.
E é óbvio, há um preço a se pagar ao ser intencional. E vale cada “gota de esforço.”
Ser intencional tem transformado a minha vida. E por tabela, é claro, a vida de pessoas próximas que amo.
Tem estancado a hemorragia há anos provocada por padrões condicionados.
Tem impedido a tão corriqueira ação da autossabotagem.
Ser intencional, é um processo. E como todo processo, exige tempo e dedicação.
Seja intencional.
Pela sua paz. Pela sua verdade. Pela sua vida.
Porque nada…absolutamente nada, vale mais do que viver uma vida, que é sua de verdade.